
Sais de mansinho da cama, dos meus braços. Talvez penses que assim não me acordas, talvez não queiras olhar-me nos olhos com medo da tentação...
Eu acordo ainda assim, mas finjo estar a dormir. Talvez tenha medo que me olhes nos olhes e caias em tentação...
Preciso de tempo. Sinto necessidade, depois das noites de amor, de te sentir mais perto de mim e para isso... tens de estar longe.
Quando, depois de uma noite das nossas, tu sais do meu lado, posso finalmente percorrer todos os cantos da minha pele onde passaram os teus dedos e sentir tua a minha mão. Posso sentir de novo os teus lábios, as tuas coxas nas minhas, o teu peito a roçar no meu suave e caricioso. Consigo distinguir os musculos do teu abdómen de encontro ao meu e arrepiar-me com prazer redobrado ao imaginar-te a percorrer com a lingua as minhas virilhas sequiosas, enquanto sinto um liquido espesso e quente inundar-me e escorrer por entre as pernas. Posso sentir os teus dedos curiosos a apalpar os meus lábios carnudos e húmidos e o teu sorriso de menino maroto quando descobres que estou pronta para ti... E então, quando da minha imaginação nasces de cresces de novo para mim, sinto-te dentro de mim, os meus dedos são os teus dentro de mim e o meu corpo arqueia como nunca arqueou para ti, porque não pode, porque não deixas. E o prazer vem de novo em ondas e no meu pensamento és tu quem mo dá. E as tuas mãos tocam-me de novo e sinto na pele o peso delas e o prazer que me dás quando me tocas.
Fico exausta mais uma vez, requebro e adormeço mais um pouco e sonho com os teus beijos, com o teu toque, com o teu olhar pousado em mim, imaginando que me tocas e que me beijas. Que me possuis enfim...