segunda-feira, 16 de julho de 2007

o beijo - parte 2


Sais de mansinho da cama, dos meus braços. Talvez penses que assim não me acordas, talvez não queiras olhar-me nos olhos com medo da tentação...
Eu acordo ainda assim, mas finjo estar a dormir. Talvez tenha medo que me olhes nos olhes e caias em tentação...
Preciso de tempo. Sinto necessidade, depois das noites de amor, de te sentir mais perto de mim e para isso... tens de estar longe.
Quando, depois de uma noite das nossas, tu sais do meu lado, posso finalmente percorrer todos os cantos da minha pele onde passaram os teus dedos e sentir tua a minha mão. Posso sentir de novo os teus lábios, as tuas coxas nas minhas, o teu peito a roçar no meu suave e caricioso. Consigo distinguir os musculos do teu abdómen de encontro ao meu e arrepiar-me com prazer redobrado ao imaginar-te a percorrer com a lingua as minhas virilhas sequiosas, enquanto sinto um liquido espesso e quente inundar-me e escorrer por entre as pernas. Posso sentir os teus dedos curiosos a apalpar os meus lábios carnudos e húmidos e o teu sorriso de menino maroto quando descobres que estou pronta para ti... E então, quando da minha imaginação nasces de cresces de novo para mim, sinto-te dentro de mim, os meus dedos são os teus dentro de mim e o meu corpo arqueia como nunca arqueou para ti, porque não pode, porque não deixas. E o prazer vem de novo em ondas e no meu pensamento és tu quem mo dá. E as tuas mãos tocam-me de novo e sinto na pele o peso delas e o prazer que me dás quando me tocas.
Fico exausta mais uma vez, requebro e adormeço mais um pouco e sonho com os teus beijos, com o teu toque, com o teu olhar pousado em mim, imaginando que me tocas e que me beijas. Que me possuis enfim...

terça-feira, 3 de julho de 2007

O beijo parte 1


Pediu-lhe um beijo... Sussurrou-lhe ao ouvido o pedido de um beijo... Tentou roubar-lho e ele fugiu sempre.
Je t'aime mon amour. A voz saiu-lhe embargada... profunda... cavernosa...
A ânsia de lhe tocar com os lábios tomaram conta dos seus gestos, das suas emoções. A vontade cedeu lugar à luxuria, à lascívia e quando quis voltar atrás já não foi capaz.
Pediu-lhe de novo um beijo. Com sabor a chocolate... Ele respondeu-lhe com um toque macio de seda. Beijou-a na testa, nos olhos, no pescoço. Foi descendo pelo peito sem lhe tocar nos seios. Seguiu o vale profundo entre os montes perfeitos até encontrar a suave curva do abdómen. Ficou-se por algum tempo no seu umbigo. Sempre amara aquele umbigo, até quando a mirava apenas, suspirando para que fosse sua. Aspirou-lhe os aromas sensuais vindos do monte de Vénus que se aproximava alucinantemente. Passou ao lado e continuou com os lábios colados àquela pele ambarina, com um suave aroma de ambrósia. torneou-lhe as ancas, as coxas, os joelhos perfeitamente cinzelados como uma obra de Miguel Ângelo. Olhou-a de baixo e apreciou a imagem que os seus olhos gulosamente retiveram. As suas mãos percorriam todo aquele corpo em convulsão, num nunca acabar de desafio.
Ela implorava-lhe que a beijasse, que a tirasse daquela loucura. Ele beijava-a em todos milímetros de pele, não onde ela lhe pedia, onde ele adivinhava que ela queria...
Foi subindo novamente, as mãos estacadas nas suas ancas, sentindo a maciez das carnes, a voluptuosidade da pele. Aspirou novamente os seus aromas e deixou-se elevar pelo sabor ébrio dos seus sucos. Uma lágrima de suor brilhava contra a sua pele como uma gota de orvalho na madrugada.
As suas mãos subiram de encontro aos seios turgidos e desejosos dos seus lábios. Continuou a ascensão até que o toque dos seus lábios carinhosos se tornou em beijos famintos de desejo e luxuria. Lambeu-os, mordiscou-os, chupou os mamilos tesos. As convulsões iam e vinham no corpo à sua mercê. Ela pedia-lhe um beijo... um beijo nada mais...